O prefeito de Paranaguá, José Baka Filho (PDT), foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Em julgamento realizado na tarde desta quinta-feira (9), a cassação foi determinada por 4 votos a 3. A votação estava empatada e a presidente do tribunal, desembargadora Regina Afonso Portes, realizou o voto de minerva.
Baka Filho teria realizado propaganda irregular durante o período que antecedeu as eleições municipais de 2008. Ele já era prefeito na época e foi reeleito depois do pleito daquele ano. "Na ação, nós o acusamos por abuso de poder econômico, político e também por uso irregular dos veículos de comunicação", explica o advogado Luiz Gustavo de Andrade, que atua em favor do ex-deputado estadual e segundo colocado nas eleições, Mário Roque (PMDB). "A verba de propaganda em naquele ano passou de R$ 500 mil para R$ 3 milhões. Houve abuso", alega Roque, candidato derrotado na disputa de 2008.
Baka Filho e o atual vice-prefeito, Fabiano Vicente Elias (PSDB) - que também foi cassado vão recorrer da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois continuam no cargo até o tribunal em Brasília julgar o recurso. "Raras vezes, eu vi um julgamento com votação tão apertada e ficou claro que a situação é bastante polêmica", disse o defensor de Baka Filho, o advogado Guilherme Gonçalves. "Estou seguro que algumas questões que levaram a essa decisão do tribunal regional contrariam decisões semelhante do TSE. Por isso, acredito que vamos reverter este posicionamento", completou o advogado.
O prefeito Baka Filho também se defendeu das acusações que constam na ação judicial eleitoral. "É muito subjetivo considerar que tudo o que fiz antes da eleição foi um abuso e que influenciou no resultado da eleição", opina. "Apesar de tudo isso, a população de Paranaguá pode ficar tranquila porque vamos continuar o trabalho na cidade", complementou Baka.
Caso a cassação seja confirmada em instância superior, Mário Roque (PMDB) e o então candidato a vice, Arnaldo Maranhão (PMDB), assumem a prefeitura da cidade do Litoral paranaense. O julgamento do caso no TSE deve ocorrer somente no ano que vem.
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