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Por 4 votos a 1, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) cassou esta semana o mandato do deputado federal Cláudio Puty (PT-PA) por conduta vedada, compra de votos e abuso de poder nas eleições de 2010. Ainda cabe recurso. Em nota, Puty discordou da decisão e argumentou que ela foi tomada "em franca contradição com as provas colhidas no processo".

Segundo o Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), várias provas, obtidas por investigação da Polícia Federal, comprovam o envolvimento de Cláudio Puty, quando era chefe da Casa Civil do Pará, com um esquema de corrupção instalado na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, desarticulado durante a Operação Alvorecer, em dezembro de 2010.

De acordo com as investigações, Puty e mais dois servidores comandavam um esquema que fraudava processos para que planos de manejo fossem liberados irregularmente. Segundo o MPE/PA, evidências mostram que o então candidato fechou apoio político com grupos de fazendeiros, principalmente das regiões sul e sudeste do Pará, em troca de liberações de exploração florestal.

Por meio da assessoria, Cláudio Puty negou as acusações e informou que pretende recorrer da decisão. "Respeito a decisão judicial, todavia dela discordo, por ter sido tomada em franca contradição com as provas colhidas no processo e tão logo seja publicada, recorrerei ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília".

Segundo Puty, a condenação foi baseada em um inquérito no qual não foi indiciado e não respondia a ação penal. O deputado ressaltou ainda que sua prestação de contas de campanha foi aprovada, sem ressalvas, e que nunca foi beneficiado por recursos decorrentes de tráfico de influência.

"Continuarei a exercer meu mandato parlamentar até quando a Justiça permitir, na certeza de que minha inocência será plenamente esclarecida quando do recurso perante o TSE", pontuou o deputado.

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