O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) emitiu, por unanimidade, parecer favorável ao vereador curitibano Professor Galdino (sem partido) no pedido de cassação do seu mandato pelo PV. Com a decisão, o parlamentar, que foi expulso da legenda no dia 17 de março, mantém uma das 38 cadeiras na Câmara de Curitiba. O PV, no entanto, irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A decisão de ontem seguiu o posicionamento do Ministério Público, que, no início do mês, também julgou improcedente o pedido da legenda. O PV tenta reaver o mandato de Galdino, sob o argumento de que o parlamentar foi expulso por suspeitas de caixa 2 na campanha do ano passado e por suposto assédio sexual contra uma ex-funcionária do seu gabinete. Entretanto, o vereador se diz vítima de perseguição política, por ter exonerado dois funcionários que haviam sido indicados pela legenda, mas não apareciam na Câmara para trabalhar. "Esse é um ato político, e não um ato jurídico", disse, na época da expulsão, o presidente estadual da legenda, Melo Viana. A declaração foi um dos argumentos usados pelo TRE para justificar a manutenção do mandato de Galdino. Outra alegação do tribunal é de que a queixa de assédio sexual foi retirada pela denunciante, e o processo acabou arquivado.
O TRE ainda decidiu revisar a prestação de contas apresentada por Galdino no ano passado, mas alegou que, se realmente houve caixa 2, o PV foi conivente com a situação. Dizendo-se tranquilo, o parlamentar declarou que apoia a revisão nos seus gastos eleitorais, porque, segundo ele, ficará provado que a cúpula do partido foi quem fraudou suas despesas. "Tudo não passa de um complô contra mim, por causa da exoneração dos dois funcionários", afirmou.
Em resposta a Galdino, o advogado do PV, Gaius Alider, afirmou que a legenda solicitou por várias vezes que o parlamentar revisasse suas contas. Diante da recusa do vereador, o partido decidiu expulsá-lo.
Já pensando no futuro, Galdino afirmou que até o próximo dia 30 anunciará sua filiação a um novo partido. De acordo com o vereador, ele está consultando seus eleitores antes de tomar qualquer decisão. "Eles têm mostrado preferência pela conduta do prefeito Beto Richa, alegando que essa também deve ser a minha linha de atuação", sinalizou o parlamentar. Com a possibilidade de disputar uma vaga para deputado estadual, Galdino precisa fazer a filiação até o dia 3 de outubro.
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