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Um recurso impetrado pelo prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), no processo que investiga a possibilidade de existência de caixa 2 na campanha de Beto Richa (PSDB) e Ducci para a prefeitura da capital em 2008, foi negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) na quarta-feira.

Ducci, que assumiu a prefeitura depois da renúncia de Richa, em abril, recorreu da decisão judicial que negou o arquivamento do processo. O prefeito alega que a ação foi levada à Justiça fora de prazo. No entendimento da defesa, casos de suspeita de caixa 2 só poderiam ser objeto de ação judicial até 180 dias depois da diplomação dos eleitos. Os partidos de oposição (PT, PMDB, PSC e PCdoB) entraram com o processo 189 dias depois da diplomação.

O motivo da ação impetrada contra Richa e Ducci é a existência do Comitê Lealdade. Formado por ex-integrantes do PRTB, o comitê apoiava a candidatura de Richa. Os gastos do comitê não estavam na prestação de contas levada pela candidatura de Richa à Justiça Eleitoral. No entendimento da oposição, isso confirmaria a existência de um caixa paralelo, o que é proibido pela legislação eleitoral.

A existência de possíveis irregularidades no Comitê Lealdade veio à tona quando foi divulgado um vídeo com imagens de distribuição de dinheiro a ex-integrantes do PRTB. O presidente do comitê, Alexandre Gardolinski, aparecia fazendo pagamentos a ex-candidatos do partido à Câmara Municipal. No total, 23 candidatos do PRTB a vereador desistiram da disputa depois do início das eleições para poder apoiar Beto Richa.

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