Quase três anos após sair do governo federal na "faxina ética" promovida pela presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro Carlos Lupi (PDT) se reabilita frente à candidata à reeleição. Disputando uma cadeira do Senado no Rio, o pedetista foi elogiado pela presidente e será o principal candidato do Planalto no estado. Lupi se tornou candidato a pedido do ex-presidente Lula.
O presidente do PDT foi nomeado ministro do Trabalho em 2011. Acabou demitido no fim do mesmo ano, após suspeitas de irregularidades em contratos com ONGs.
Durante a crise que culminou em sua demissão, ele chegou a afirmar que só sairia do ministério "a bala". A declaração soou mal no Planalto, que viu a frase como um ultimato a Dilma. Dias depois, o então ministro buscou minimizar a saia justa.
"Presidente Dilma, desculpa se eu fui agressivo. Eu te amo. Desculpe", disse, em depoimento na Câmara dos Deputados.
Quase três anos depois, Dilma cobrou a manutenção da declaração de amor. "O Lupi é nosso candidato ao Senado, que já fez várias declarações de amor. E eu espero que ele mantenha as declarações de amor que fez ao longo da vida", disse Dilma, durante evento da campanha do governador Luiz Fernanda Pezão (PMDB), na última quinta-feira, na Baixada Fluminense.
O ex-ministro, em seu discurso, citou as origens brizolistas de Dilma, e afirmou que, "na política, é necessário lealdade e gratidão".
"Tenho muito orgulho, presidente Dilma, de ter sido seu ministro durante um ano. Foram os melhores dias da minha vida", disse Lupi.
A candidatura de Lupi foi decidida nos últimos dias de prazo para registro de candidatura. O PDT fazia parte da chapa de Pezão, mas com a entrada de Cesar Maia (DEM) na chapa ele decidiu lançar uma candidatura "avulsa" ao Senado.
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