Três homens foram condenados pelo homicídio do prefeito de Itaipulândia (Oeste), Vendelino Royer, registrado em julho de 2008. O julgamento dos acusados foi realizado nesta terça-feira (30) no fórum de São Miguel do Iguaçu, também no Oeste do estado, e durou quase 11 horas.
Laudair Bruch, que era vice-prefeito da cidade na época do crime, foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Ele foi apontado como o mandante do assassinato. Foi apurado que Bruch tinha diferenças políticas com o prefeito. Ele acumulava as funções de vice-prefeito e de secretário municipal de finanças do município e tinha sido exonerado da secretaria por Royer dois meses antes do crime. Por causa da demissão, ele passou para um grupo político de oposição. Desde 2008, Bruch está preso no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), em Foz do Iguaçu.
Também foi condenado Dirceu Luiz Buron, acusado de ser um dos responsáveis pela contratação de dois pistoleiros que deveriam executar a vítima. A pena estabelecida para ele foi de 6 anos e nove meses de prisão em regime semiaberto.
A maior pena foi a de Joel da Silva. O homem teria conduzido a moto em que estava o rapaz que atirou no prefeito de Itaipulândia. Ele foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado.
Outros dois réus julgados nesta terça Jurandir Custódio Monteiro e Luiz Jair Moreli foram inocentados. O júri considerou que não existem dados suficientes que comprovem o envolvimento deles no planejamento do crime.
Quatro pessoas, incluindo o possível responsável por atirar no prefeito, ainda aguardam julgamento.
O crime
O prefeito Vendelino Royer, então com 46 anos, foi morto em 8 de julho de 2008, com quatro tiros à queima-roupa, logo após sair de uma reunião com líderes comunitários na área rural de Itaipulândia. Segundo a investigação policial, ele estava entrando no carro oficial, quando foi abordado por duas pessoas em uma moto vermelha com placas do Paraguai. Royer foi atingido por quatro disparos de pistola 9 milímetros um na perna e três no peito.
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