O coronel da Polícia Militar, Silva Filho, comandante da operação que conteve a manifestação desta quarta-feira (9) contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, disse que três pessoas foram detidas no confronto- uma por desacato a autoridade e duas por atirarem pedras contra os policiais.
Cerca de 1.500 pessoas participaram da manifestação em frente ao palácio do governo. Inicialmente, a PM estimou que seriam 2.500 manifestantes.
Os três manifestantes detidos foram levados ao juizado especial depois de assinarem termo circunstanciado na delegacia. Segundo a PM, cerca de 600 policiais foram utilizados na operação. Os policiais contiveram os manifestantes depois que eles impediram o acesso a uma das principais rodovias de Brasília. Ainda segundo a PM, durante a operação foram utilizados gás lacrimogênico, spray de pimenta, cassetetes e balas de borracha.
Exaltado, o coronel Silva Filho disse que foi derrubado por um dos manifestantes, que foi levado pela delegacia depois de resistir à prisão. "Nós caímos no chão e chegamos as vias de fato. Em nenhum momento bati na cara", disse.
A PM disse que ninguém deu entrada nos hospitais públicos da cidade em decorrência do confronto com a polícia, mas afirmou que houve feridos leves, entre eles manifestantes e policiais.
"Em um confronto entre a polícia e manifestantes sempre vai haver pessoas lesionadas, com barras de borracha ou mesmo atingidas por cavalos, mas até mesmo os policiais foram atingidos com pedras e paus", afirmou o coronel Luiz Fonseca.
O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.
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