Três testemunhas de acusação do caso Lava Jato foram ouvidas nesta quinta-feira (4) na 13ª Vara Federal de Curitiba. Jaime da Costa Gonçalves, Ardany Brasil da Silva Junior e Shelly Claro prestaram depoimento por videoconferência sobre a acusação contra Paulo Roberto Costa envolvendo a destruição de documentos.
O agente de Polícia Federal, Jaime da Costa Gonçalves, afirmou que foi o responsável por elaborar o relatório da operação de cumprimento de mandado de busca e apreensão realizada no dia 17 de março na empresa Costa Global. Ele disse que elaborou o documento baseado nas imagens feitas no local.
O gerente de condomínio Ardany Brasil da Silva Junior afirmou que foi o responsável por ceder à Polícia Federal as imagens das câmeras de segurança. Ele afirmou que não há câmeras nas escadas.
A agente de Polícia Federal Shelly Claro afirmou que participou do cumprimento dos mandados no condomínio. Ela contou como foi a ação da Polícia Federal e disse que viu algumas pessoas retirando documentos da sala de Paulo Roberto Costa onde seriam cumpridos os mandados.
As informações são de uma das Ações Penais que corre na Justiça Federal do Paraná envolvendo a operação Lava Jato. Os depoimentos estão disponíveis em vídeo. Os acusados são Paulo Roberto Costa, Ariana Azevedo Costa Bachmann, Humberto Sampaio de Mesquita, Marcio Lewkowicz e Shanni Azevedo Costa Bachmann. Eles são acusados de impedir e embaraçar a investigação de peculato, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro envolvendo a organização criminosa parcialmente revelada durante a Operação Lava Jato, deflagrada em março pelo Polícia Federal (PF).
A reportagem da Gazeta do Povo tentou entrar em contato com o advogado de defesa dos acusados, Cassio Quirino Norberto, mas ele não foi localizado para comentar o caso.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura