O desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF) João Pedro Gebran Neto negou o pedido de habeas corpus do ex-senador Gim Argello. A decisão foi em caráter liminar e ainda será discutida pela 8ª Turma do TRF4.
Argello foi preso no dia 12 deste mês na deflagração da 28ª fase da Lava Jato. Ele é acusado de cobrar propina para impedir a convocação de empresários para a CPI e CPMI da Petrobras no Congresso, em 2014.
“Na época, Ricardo Pessoa e demais empreiteiros não foram, de fato, convocados para depor nas comissões, o que só veio ocorrer em 2015, dessa vez sem a participação de Gim Argello”, observou Gebran na decisão. “É perturbador ver que o investigado, na condição de membro da CPI, deveria agir na apuração de tais ilícitos, mas age à margem da lei e da confiança depositada por seus eleitores”, completou o desembargador.
O magistrado concluiu que há risco concreto à ordem pública e, portanto, o ex-senador deve permanecer preso preventivamente. Argello está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.
Depoimento
O ex-senador prestou depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (25) em Curitiba. Foi a primeira oitiva de Argello desde sua prisão, no dia 14. De acordo com o advogado, Argello permaneceu em silêncio durante todo o procedimento.
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