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A ação penal contra o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e outros denunciados pela Operação Monte Carlo já tem novo magistrado responsável. O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) anunciou nesta noite que o juiz federal Alderico Rocha Santos, atual titular da 5ª Vara Federal, conduzirá o caso, mas sem deixar seu posto de origem.

A medida foi tomada pelo presidente do TRF1, desembargador Mário César Ribeiro, depois que o juiz substituto Paulo Moreira Lima pediu afastamento da 11ª Vara Federal em Goiás, onde corre o processo contra Cachoeira. Moreira Lima alegou sofrer ameaças de pessoas ligadas ao empresário e também disse que ficou desmotivado com a falta de apoio de colegas sobre a validade das provas colhidas no processo.

Com a saída de Moreira Lima, o juiz titular da 11ª Vara, Leão Aparecido Alves, que deveria assumir o caso, declarou-se suspeito e alegou foro íntimo para não julgar a ação. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, Leão recebeu ligação de um dos suspeitos de integrar a quadrilha liderada por Cachoeira.

Alderico Santos já atua na área criminal. Um de seus feitos mais lembrados é de 2002, quando mandou prender o hoje senador Jader Barbalho (PMDB-PA) por fraudes contra a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Na época, o juiz pertencia à Justiça Federal em Tocantins e foi criticado pelo desembargador Fernando Tourinho Neto, do TRF1, que mandou soltar Barbalho. Hoje, Tourinho é relator de todos os recursos sobre o caso Cachoeira que chegam ao tribunal.

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