O Tribunal Federal da 4ª Região (TRF 4) negou o pedido de habeas corpus em favor de Raul Schmidt, apontado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos operadores do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. A decisão é do desembargador João Pedro Gebran Neto, que citou as denúncias de envolvimento do operador com repasses de propina em contas no exterior, das quais Schimidt seria beneficiário. De acordo com o magistrado, existem pressupostos para a manutenção da prisão preventiva.
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O operador foi preso em seu apartamento em Lisboa, capital de Portugal, no dia 21 de março, durante a 25ª Fase da Operação Lava Jato - a primeira delas no exterior. Durante a operação - um trabalho conjunto entre autoridades brasileiras e portuguesas - foram apreendidas obras de arte e documentos. A investigação ainda mostra que o apartamento onde Raul Schimidt vivia está em nome de uma offshore da Nova Zelândia e é avaliado em 3 milhões de euros.
Foragido desde julho de 2015, Schmidt vivia em Londres, mas, de acordo com o MPF, mudou-se para Portugal depois do início da Operação Lava Jato por possuir cidadania portuguesa.
Acusações
Raul Schimidt é suspeito de mediar o pagamento de propina à três ex-diretores da Petrobras - Jorge Zelada, Renato Duque e Nestor Cerveró. De acordo com a PF, o operador teria sido sócio de Jorge Zelada. O MPF afirma que, além de atuar como operador, Schimidt agia em nome de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.
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