Brasília (AE) Mesmo dividido entre governistas e oposicionistas, o PMDB deixará para trás todas as outras legendas no troca-troca partidário obrigatório até o dia 30 para os que têm a pretensão de disputar algum cargo eletivo no ano que vem. O partido, que já tem a maior bancada de senadores, ficará com a maior na Câmara. Calcula-se que passará dos atuais 87 deputados para entre 92 e 95. O PT, que ainda tem 88 deputados, ficará em segundo lugar.
O PMDB não evoluirá somente no Senado e na Câmara. Passará a ter o maior número de governadores. Blairo Maggi (PPS), de Mato Grosso, Eduardo Braga (PPS), do Amazonas, e Paulo Hartung (PSB), do Espírito Santo, devem assinar sua ficha de filiação ao PMDB na terça-feira, em Brasília, numa grande festa que será comandada pelo presidente do partido, Michel Temer (SP).
Eles vão se juntar a outros sete governadores Germano Rigotto (Rio Grande do Sul), Jarbas Vasconcelos (Pernambuco), Luiz Henrique (Santa Catarina), Marcelo Miranda (Tocantins), Joaquim Roriz (Distrito Federal), Roberto Requião (Pará) e Rosinha Garotinho (Rio de Janeiro).
Eduardo Braga vai engrossar a fileira dos governistas do PMDB. Ele teve dois encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para falar de sua decisão, um na última quinta e outro na sexta-feira. "Sou fiel ao senhor. Não vou mais ficar no PPS porque o presidente do partido (Roberto Freire) é um dos comandantes da oposição", disse Braga. Com ele, segue o deputado Átila Lins, que também deixa o PPS. "Sigo o governador. Tenho o compromisso de ir para o partido que ele for", declarou.
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