Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preparam uma série de manobras protelatórias no Conselho de Ética para não votar nesta quarta-feira (9) o parecer prévio do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) sugerindo a continuidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista.
Três parlamentares da “tropa de choque” de Cunha já apresentaram três pedidos para adiar a votação da tarde dsta quarta. Manoel Júnior (PMDB-PB) solicita que a sessão seja adiada por cinco dias úteis. João Carlos Bacelar (PR-BA) pediu o adiamento para quatro dias úteis e Sérgio Moraes (PTB-RS) – conhecido como o deputado que “se lixa para a opinião pública” - pediu que o relatório seja votado em três dias úteis. A votação do parecer só pode começar após a apreciação destes requerimentos.
Na terça-feira (8), o ministro Luís Roberto Barroso, do S upremo Tribunal Federal (STF) negou liminar à defesa de Cunha pedindo o afastamento do relator. Interlocutores de Cunha, no entanto, dizem que não se tratou de uma derrota, mas de uma estratégia bem sucedida da defesa do presidente da Câmara.
Com a decisão de Barroso de que a questão é “interna corporis que só pode encontrar solução no âmbito do Poder Legislativo”, ficará a cargo do primeiro-vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), decidir sobre o recurso apresentado pelo advogado Marcelo Nobre antes da sessão de terça. Como já existe uma decisão do STF, a defesa de Cunha entende que não há espaço para recursos à Justiça.
Assim como o presidente da Câmara, Waldir Maranhão também é investigado pela Operação Lava Jato e seu partido tem uma série de integrantes supostamente envolvidos com o esquema de corrupção da Petrobras. A tendência é que Maranhão despache favoravelmente à defesa do peemedebista.
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