O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retirou da pauta de julgamento desta quinta-feira (25) o processo em que o PT pede a perda do mandato do deputado federal paranaense André Vargas (sem partido) por desfiliação sem justa causa. Conforme a assessoria do órgão, o julgamento foi adiado por falta de quórum ideal para a audiência, já que os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux não participarão da sessão. O julgamento deve acontecer na próxima semana.
Vargas se desfiliou do PT em abril deste ano, após denúncias de suposto envolvimento com o doleiro londrinense Alberto Youssef, um dos presos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O deputado ganhou de presente do doleiro uma viagem de jatinho com a família para férias no Nordeste. Vargas também é investigado por ter supostamente favorecido o laboratório Labogen em contratos com o Ministério da Saúde para fornecimento de remédios.
O deputado também teve a cassação do mandato recomendada pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados e teve seu recurso negado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O processo dele deve ser apreciado em plenário depois das eleições. André Vargas nega as acusações.
O argumento da defesa de Vargas para a desfiliação partidária é de que o parlamentar teria sofrido discriminação e ameaças para deixar o partido, ao qual era filiado desde 1990. Caso seja confirmada a infidelidade partidária, o deputado perderá o mandato.
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