O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou na noite desta quinta-feira (19) novamente o julgamento sobre a criação do 31º e do 32º partidos políticos do país, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e o Solidariedade. Com isso, os cerca de 50 deputados federais que negociam ingressar nas novas siglas terão que esperar mais alguns dias para inaugurar a temporada do troca-troca entre as legendas.

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O Solidariedade é montado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, que foi à sessão acompanhado de 12 deputados federais.O caso foi adiado devido a um pedido de vistas do Ministério Público Eleitoral. Recém-empossado na função, o vice-procurador-eleitoral da República, Eugênio Aragão, argumentou que, por ter assumido agora o processo, gostaria de ter 48 horas para analisá-lo.

A manifestação anterior do Ministério Público recomendava a aprovação da sigla, mas nas últimas semanas surgiram suspeitas de fraude no recolhimento das assinaturas de apoio pelo Solidariedade.

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Apesar da frustração da comitiva de aliados, na saída da sessão Paulo Pereira disse que o adiamento faz parte do jogo e já fez considerações sobre o caminho que a sigla poderá seguir em 2014. "Se dependesse de mim, todo mundo sabe que venho em guerra com a Dilma, mas como muitos dos companheiros que vão para o Solidariedade são da base do governo, esse é um assunto que vamos tratar lá na frente."

A nova sigla tem a tendência de orbitar em torno do grupo político do presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG), d quem Paulo Pereira é próximo. E sobre as suspeitas de fraude, Paulo Pereira disse ter certeza de que o partido "fez tudo corretamente".

Já o PROS tem 5 dos 7 votos para sua aprovação, mas a ministra-relatora, Laurita Vaz, pediu novamente vistas do caso após ter uma conversa com a ministra Luciana Lóssio.

Ela havia pedido vistas do caso na sessão anterior em que o caso foi analisado e sinalizou que votará contra a aprovação da sigla devido ao fato de ela ter apresentado assinaturas de apoio diretamente ao TSE e não aos tribunais regionais eleitorais, como manda a lei.

Nem Laurita nem Lóssio revelaram na sessão o teor da conversa que resultou no novo adiamento. Advogados das duas siglas reclamaram da decisão da corte dizendo que os dois partidos terão ampliadas as dificuldades em arregimentar filiados até o dia 5 de outubro, prazo final para a adesão a partidos daqueles que pretendem participar das eleições de 2014.

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