Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram na terça-feira (14) a criação de um grupo que ficará responsável por analisar detalhadamente as contas dos partidos políticos e dos candidatos. A iniciativa foi tomada depois do surgimento de suspeitas de irregularidades em doações para campanhas, principalmente após a Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que atingiu executivos da construtora Camargo Corrêa.
"Precisamos de uma unidade administrativa interna capaz de atuar como uma força-tarefa instituindo uma auditoria especial para apurar certas denúncias, certas suspeitas", afirmou recentemente o presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, ao propor a criação desse núcleo de auditoria. Os auditores deverão examinar as doações e os documentos apresentados pelos Diretórios Nacionais dos partidos políticos, pelos comitês financeiros e pelos candidatos a presidente e vice-presidente da República nas prestações de contas. Segundo Ayres Britto, deverá ser feito um controle do conteúdo e da veracidade dos documentos.
O tribunal tem atualmente a Coordenadoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Coepa). Mas esse setor apenas analisa os documentos e eventualmente aponta indícios de irregularidades. O grupo criado agora vai se dedicar a apurar irregularidades detectadas em análises preliminares das prestações de contas. Poderá, por exemplo, fazer cruzamento das informações prestadas para identificar eventuais ilegalidades em doações.
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