O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta terça-feira o pedido para registro da candidatura de Ana Maria Rangel à Presidência da República. Ana Maria havia se registrado pelo PRP. A decisão é do ministro Cezar Peluzzo.

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A impugnação da candidatura de Ana Maria Rangel já havia sido pedida duas vezes. Uma, pelo Ministério Público Eleitoral, no último dia 18 de julho, e outra, pelo delegado nacional da legenda, Oswaldo Souza Oliveira, que alegou que a convenção nacional do partido, em que Ana Maria Rangel foi escolhida candidata, foi anulada.

O PRP já havia decidido, na última sexta-feira, expulsar Ana Maria Rangel do partido, por "graves lesões à imagem da sigla". No requerimento, o PRP ressaltou que, com a expulsão, ela não pode ser candidata, pois a Lei Eleitoral prevê que o registro pode ser cancelado, até a data da eleição, se o candidato for expulso do partido.

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Ana Maria Rangel foi lançada candidata na convenção do PRP em São Paulo, em junho. Mas logo depois, ela denunciou ao Ministério Público Federal o presidente nacional do partido, Ovasco Resende, por tentativa de extorsão, em troca da candidatura. Ela chegou a gravar em vídeo o momento da negociação. E afirmou que Resende pedira R$ 20,5 milhões.

Na época, o advogado do presidente do PRP, Alberto Rolo, negou a tentativa de extorsão, embora tenha reconhecido que foi assinado um contrato entre a candidata e Resende, mas no valor de R$ 3 milhões. Desse total, R$ 2 milhões seriam para os diretórios partidários e R$ 1 milhão para Resende, por prestação de serviço de assessoria política.

Todos os pedidos de impugnações e respectivos requerimentos de registro de candidatura serão julgados pelo TSE até o dia 23 de agosto. O Tribunal já confirmou a candidatura de Geraldo Alckmin, pela coligação "Por um Brasil Decente", e de Cristovam Buarque, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).