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O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter a cassação de registro de candidatura, nas eleições de 2006, do deputado estadual Geraldo Cartário (PDT). A decisão, aprovada pela maioria dos ministros anteontem, declara o político inelegível por três anos. Segundo o TSE, o deputado deverá deixar o mandato assim que a decisão for publicada no Diário de Justiça, o que não tem prazo para ocorrer.

Cartário ainda pode apresentar recurso. Caso ele não consiga reverter a decisão, quem deverá assumir a vaga de deputado é o peemedebista Ademir Bier, primeiro suplente da legenda. Cartário foi eleito deputado estadual pelo PMDB em 2006 e, portanto, se precisar deixar o cargo, quem assume seu lugar é um colega do partido pelo qual ele venceu a eleição. Logo após ser eleito, Cartário deixou o PMDB por divergências políticas com o governador Roberto Requião.

O deputado estadual teve seu registro de candidatura negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) por abuso de poder econômico e político e por uso indevido de meios de comunicação. Ele afirmou que vai entrar com uma ação cautelar no próprio TSE para tentar reverter a situação.

"Há falhas no processo. Fizeram uma armação para tentar minar minha candidatura a deputado", disse Cartário. "Na época, ou eu me defendia, ou então cuidava da minha candidatura." Quem faz a defesa do deputado é o ex-ministro do TSE Fernando Neves, que foi integrante do Tribunal por dois anos.

O deputado disse que o fato que o levou a ser denunciado no TRE refere-se ao sorteio de doces em suas duas rádios, as quais eram patrocinadas por uma empresa. Cartário explicou que o sorteio fazia parte de um programa da rádio e que não havia nenhuma relação com sua condição de deputado. "Não foi o ‘deputado Cartário’ que sorteava os bolos, mas sim uma empresa, que patrocinava as rádios."

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