Nicolau alega que o indeferimento de Belinati não poderia atingi-lo| Foto: Roberto Custódio/Gazeta do Povo

Ex-presidente comandará a Cohab

Londrina - Glória Galembeck, Jornal de Londrina

O servidor de carreira Carlos Eduardo de Afonseca e Silva voltou a diretoria da Companhia de Habitação (Cohab) de Londrina. Ele foi nomeado pelo prefeito interino José Roque Neto (PTB), o Padre Roque, ontem. Afonseca trabalha na Cohab há 23 anos e foi presidente entre 2001 e março de 2008, quando se descompatibilizou do cargo para concorrer a vereador pelo PT. Ele teve 1.613 votos e não se elegeu.

Na ocasião da saída de Afonseca, Rosalmir Moreira, que era diretor técnico, assumiu a presidência. Na semana passada, Moreira voltou a ocupar a direção técnica. O déficit habitacional de Londrina é de cerca de 3 mil casas. "Temos R$ 2,8 milhões no orçamento da União e vamos usar em um projeto para construir 120 unidades. Não podemos divulgar onde vai ser porque isso estimula as invasões", afirmou. Em seu discursos, Padre Roque Neto citou o Evangelho de São Mateus e disse que a Cohab constrói "sobre a rocha".

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O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou ação cautelar, com pedido de liminar, proposta por Fernando Marcos Alves Nicolau, eleito vice-prefeito de Londrina nas eleições de 2008.

Nicolau pretendia ser diplomado no cargo de vice-prefeito e tomar posse como prefeito de Londrina, já que o TSE negou o registro de candidatura de Antonio Belinati (PP), eleito prefeito em sua chapa.

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O TSE confirmou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que negou o registro do candidato por inelegibilidade, já que o Tribunal de Contas do Estado rejeitou sua prestação de contas relativa ao período em que foi prefeito do município em 1999.

Segundo Nicolau, o indeferimento do registro de Belinati ao cargo de prefeito não poderia atingi-lo, uma vez que seu registro de candidatura a vice-prefeito foi concedido pela Justiça Eleitoral.

O vereador Padre Roque Neto (PTB) assumiu a prefeitura de Londrina de forma interina. Ele foi eleito presidente da Câmara, mas ficará no comando do Executivo até que a cidade defina o seu novo prefeito.

Belinati entrou com recurso na Justiça Eleitoral pedindo a suspensão de um novo segundo turno das eleições à prefeitura da cidade. A defesa do prefeito eleito pede que um novo pleito ocorra apenas após a decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF) de um recurso extraordinário em que Belinati tenta garantir sua posse na prefeitura.

Em um novo segundo turno, a disputa ficaria entre Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Barbosa Neto (PDT) – segundo e terceiro colocados, respectivamente, nas eleições de outubro.

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Cassação

Cassado em maio de 2000 por denúncias de corrupção, Belinati derrotou Hauly no segundo turno das eleições municipais por 9 mil votos. Hauly obteve 48,27% dos votos válidos, contra 51,73% de Belinati.

Entretanto, em dezembro, o TSE confirmou a negação do registro da candidatura de Belinati, que já havia tido sua prestação de contas relativa ao período em que foi prefeito do município rejeitada.

A corte confirmou a decisão do TRE-PR, que negou o registro do candidato por inelegibilidade, já que o TC rejeitou sua prestação de contas referente ao período (de 1996 até a cassação).

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