A greve dos funcionários dos Correios deve seguir pelo menos até o meio-dia de segunda-feira. Esse foi o prazo estipulado pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Vantuil Abdala, para que o comando nacional de negociação da greve responda se os trabalhadores aceitam a proposta definida hoje por ele.

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Abdala recebeu sexta-feira líderes do movimento e diretores dos Correios para discutirem informalmente um acordo. Depois de quase três horas sem que chegassem a um consenso, o ministro apresentou proposta intermediária que prevê aumento salarial 8,5%; abono linear de R$ 800 e um reajuste de 3,61% em fevereiro de 2006.

A última proposta dos sindicalistas foi de aumento de 9% e reajuste de 5% a partir de janeiro do ano que vem. A direção dos Correios propôs, além do aumento de 8,5%, reajuste de 3,61% em março do próximo ano.

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Abdala disse acreditar que, apesar das divergências, a paralisação terminará em breve.

- Houve uma reabertura das negociações. O quadro pior em um conflito coletivo é o distanciamento das partes. É a radicalização. Hoje, além de termos reaberto a discussão houve uma evolução de ambas as partes. Tenho muita esperança de que eles vão chegar a um acordo porque as condições são muito boas para ambas as partes - disse.

Para João Maurício Gomes, do comando nacional de negociações dos trabalhadores da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), a falta de acordo se deve principalmente ao fato da empresa não dialogar com os trabalhadores.

- Mais uma vez, infelizmente, a empresa se mostra fechada. A gente continua a greve. Orientaremos os sindicatos para que façam assembléia na segunda-feira até meio-dia, com a proposta apresentada pelo presidente - disse.

O diretor de Recursos Humanos dos Correios, Virgilio Sirimarco, informou que a greve causa perda diária de R$ 15 milhões. E disse esperar que os trabalhadores aceitem a proposta do ministro.

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- A empresa vai fazer um esforço para cumprir o que foi acordado - acrescentou.

O presidente do TST avisou aos sindicalistas e aos diretores dos Correios que se não houver acordo até segunda-feira, o dissídio coletivo ajuizado pela empresa será julgado na quinta-feira.