Mesmo tendo atingido boas taxas de avaliação no levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, os índices positivos dos governos Dilma Rousseff e Beto Richa não foram suficientes para que os paranaenses dissessem algum benefício que os dois governantes já realizaram à população. Em relação a ambos, a resposta "não sabe" e "nenhum" superou 70% – 71,6% para Dilma e 74,7% para Richa.

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Apesar do desconhecimento da maioria dos paranaenses em relação às ações da petista na presidência, programas de governo herdados da gestão de Lula – o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) – foram citados espontaneamente na pesquisa. "A Dilma ainda segue alguns elementos e políticas públicas do governo Lula. É um governo de continuidade, cuja identidade ainda está ligada a ele em certa medida", afirma o professor Ricardo Costa de Oliveira.

Ações

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"Quando teve dificuldades, ela demitiu ministros. Com essa faxina ministerial, o eleitor entendeu que ela se colocou contrária à corrupção. E a pesquisa mostra isso", destaca o cientista político Mário Sérgio Lepre.

Feitos tucanos

Ao contrário das respostas em relação ao governo Dilma, os entrevistados foram genéricos quando citaram benfeitorias promovidas até agora pelo Executivo estadual. No levantamento, as principais respostas sobre a administração Richa foram "melhorias" em determinada área, como segurança ou saúde, sem menção a programas específicos.

"Ainda falta um carro-chefe, uma marca do governo estadual. Não foi desenvolvida até agora uma identidade própria, que defina o conceito de políticas públicas da gestão Beto Richa", critica Oliveira. "Prova disso é que, apesar de bons índices de aprovação do governador, os entrevistados não conseguiram apontar uma marca governamental. Tanto que quase 3% deles citaram a Linha Verde (obra de Richa à frente da prefeitura de Curitiba) como resposta."

"Como ainda estamos em início de mandato, o eleitor não sentiu necessidade de já fazer cobranças mais duras. Dessa forma, o governador ainda conta com um certo aval da população, uma carta de credibilidade", analisa Lepre. "Mas isso é muito volátil. O Beto não pode ficar muito tempo sem apresentar alguma coisa. Até porque a campanha para prefeitos vem chegando e ele terá de dar sustentação aos seus candidatos."

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