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Após a articulação que levou à aprovação de uma moção que defende a recondução de Sérgio Guerra (PE) à presidência do PSDB lideranças tucanas mineiras procuraram desvincular o movimento da velada disputa entre o senador eleito Aécio Neves e o ex-governador paulista José Serra.

"Somos uma família e temos que crescer. Não há razão para que um prejudique o outro no momento em que nos é exigido uma união familiar", amenizou hoje o novo líder da minoria na Câmara, Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) - um dos principais aliados do ex-governador mineiro.

A exemplo da postura adotada por Serra no período pré-eleitoral e durante a campanha presidencial do ano passado, Aécio e seu grupo não pretendem melindrar o ex-governador paulista. O argumento é que uma briga declarada não interessa ao mineiro, cujo eventual projeto presidencial necessitaria do cacife eleitoral de Serra. "Os mineiros respeitam o José Serra e reconhecem a importância do seu papel como representante do PSDB e da oposição", reforçou Abi-Ackel.

Outro deputado federal de Minas garante que Serra não fez sondagens claras, nem por meio de interlocutores, sobre sua suposta disposição de assumir o comando do partido. Prova disso seria o fato de o presidente do PSDB-SP, Mendes Thame, ter assinado o documento - subscrito por 54 deputados e suplentes. "Assinou porque não tinha movimento inverso (articulado para isolar o ex-governador de São Paulo)", disse. Aécio, segundo assessores, está em viagem e só deverá voltar a aparecer publicamente na cerimônia de posse como senador, dia 1º, quando retorna oficialmente à capital federal.

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