O governador Beto Richa (PSDB, foto) disse ontem a deputados do PMDB que "não é contra nem a favor" da instalação da CPI do Pedágio na Assembleia Legislativa, uma vez que os eventuais investigados serão os ex-governadores Jaime Lerner e Roberto Requião e não ele próprio. No entanto, apesar de deixar os parlamentares livres para fazer o que quiserem, Richa afirmou ter "medo" de que a CPI atrapalhe as boas conversas que tem mantido com as concessionárias. Na Assembleia, porém, o líder do governo, Ademar Traiano (PSDB), trabalha para que deputados aliados retirem a assinatura do requerimento de instalação da CPI, formulado por Cleiton Kielse (PMDB). A decisão se a comissão sairá ou não do papel está na mão do presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB).* * * * *
Para pensar...
"Precisamos colocar ordem nesse caos que está imperando na área de recursos humanos. Vocês estão vendo servidores buscando liminar na Justiça e se são tantos os servidores que estão ultrapassando o teto, há algo de errado nesse contexto."
Gilmar Mendes, ministro do Supremo, criticando o governo, afirmando que "seria inconstitucional" não encaminhar ao Congresso a proposta de aumento do Judiciário.
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Conversa afiada
Tito Zeglin, vereador curitibano (PDT).
Há possibilidade de os vereadores Roberto Hinça e Jairo Marcelino saírem do PDT. O senhor pretende tomar o mesmo caminho?
Eu vou ficar no PDT. Até agora, não recebi nenhum convite oficial do PSD e minha decisão é continuar no partido. Não posso, de uma hora para outra, sacrificar uma sigla que me abriu as portas quando precisei. Minha permanência no PDT é certa e teremos uma chapa forte em 2012.
Mas ficar sozinho na bancada não pode prejudicá-lo politicamente, pelo menos até as eleições?
É uma decisão individual de cada um deles. Se eles acham que devem sair, eu não posso fazer nada. Já conversamos bastante, já ponderei muitas coisas sobre a importância de eles permanecerem no partido, mas cada um é cada um.
Mas isso pode prejudicar o senhor dentro da Câmara?
Não vejo prejuízo nenhum. Uma vez continuando, a bancada permanece, nosso partido terá representatividade aqui na Casa, mesmo com um só vereador. O que nós vamos fazer é continuar representando bem o nosso partido.
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Adiamento
Foi adiada pela segunda vez a votação do pedido de cassação do deputado federal Ângelo Vanhoni (PT-PR). O juiz Auracyr Azevedo de Moura pediu vista ontem quando a votação estava 2 a 1 pela cassação do parlamentar. O Ministério Público Eleitoral pede a perda do mandato dele porque Vanhoni recebeu doação de uma concessionária de serviço público, o que é proibido por lei. A Cable Link OS TV doou R$ 100 mil ao parlamentar. "O dinheiro ficou na conta por alguns dias, mas foi devolvido assim que se percebeu a irregularidade", argumentou a advogada do deputado, Fabiana Cristina Ortega. A votação será retomada no próximo dia 5.
Colaboraram: Chico Marés, Euclides Lucas Garcia e Heliberton Cesca.
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