Nos últimos meses, jogando pelo time de sua paixão, o Vila Nova (GO), ele marcou 21 gols e se tornou artilheiro da Série B. Mas foi o amor pelo futebol que animou os eleitores de Túlio Maravilha, e deu a ele um total de 10.401 votos. E o tornaram vereador pelo PMDB, o terceiro mais bem votado à Câmara de Goiânia. Ele foi empurrado pelos gols e pela campanha avassaladora do prefeito reeleito Íris Rezende. "Agradeço a Deus, aos meus companheiros, à minha esposa, aos meus amigos, à diretoria e comissão técnica do Vila, e a todos que confiaram em mim", disse, antes de embarcar ontem à noite de Brasília para Salvador onde enfrenta amanhã o Bahia.
Picado pela "mosca azul", e de posse da primeira grande conquista política, Túlio Maravilha entende ter em mãos a oportunidade que faltava para novos vôos, como "se eleger deputado federal, senador e até Presidente da República". Acredita que sua proposta de inclusão social, o projeto Tuliomania, é "um gol de placa". Trata-se de uma Escolinha de Futebol, visando formar jogadores entre crianças que moram nos bairros periféricos de Goiânia. Ali, os "Tulinhos do Futuro" vão jogar bola, se distanciar dos apelos das drogas, das ruas, da violência e da prostituição. "Vamos dar acompanhamento pedagógico, psicológico, odontológico e nutricional", disse.
Túlio agora faz parte dos 56,84% novos vereadores entre as 34 cadeiras da Câmara. Mas já descobriu que, antes de marcar seu gol de placa, deverá superar a marcação do preconceito e mal entendidos. "O que mais perguntam é se vou mesmo trabalhar na Câmara ou jogar futebol", comentou. "Eu respondo: Vou tocar os projetos na Câmara, onde terei ajuda dos colegas vereadores, e vou tocar o projeto do Gol 1000."
"Gazeteiro, não"
Entre a bola e a tribuna, Túlio diz que não cairá na vala comum. Do tipo vereador gazeteiro. Até acredita que poderá fazer carreira política sem deixar as concentrações da equipe. "Jogando pelo Vila Nova tudo fica mais fácil", afirmou. "Terei assessores qualificados e capacitados na Câmara para suprir eventuais faltas no gabinete ou no plenário."
Para encurtar distâncias, acredita que, a partir do lugar onde estiver, poderá despachar. "Não tem ministro que foi cantor?", questionou. "Então, porque não posso ser vereador e jogador?". Túlio já faz até discurso em defesa própria. "Tem deputado que é radialista, tem vereador que é médico, agora tem também vereador que é artilheiro e, com jeito, profissionalismo e habilidade vou conciliar tudo", afirmou.
O centroavante abriu mão de um contrato, em 2009 com o Botafogo (RJ), para ficar em Goiânia. No entanto, acredita que após ter marcado o 852º gol da carreira iniciada em 1988 no Goiás Esporte Clube, está desafiado pela conquista do milésimo gol, como Pelé. "Nós vamos conciliar tudo e fazer a diferença na Câmara e no futebol também", afirmou.
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