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O corregedor-geral do Senado, senador Romeu Tuma (PTB-SP), decidiu arquivar a denúncia feita pela Polícia Legislativa de que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) permitiu que 15 manifestantes pernoitassem no seu gabinete de quarta para quinta-feira da semana passada.

Tuma informou à Agência Estado que irá apenas produzir um relatório alertando os senadores sobre o perigo de deixar a chave do gabinete com estranhos. O relatório, segundo Tuma, será distribuído aos senadores e lido em plenário.

"O relatório não é advertindo ninguém, é apenas para não facilitar que amanhã alguém seja acusado de algo que não cometeu o relatório é apenas para garantir a segurança do prédio e dos bens públicos. Será como um guia de conduta", disse o senador.

O grupo abrigado por Suplicy protestava em frente ao STF, enquanto a Corte julgava pedido de extradição do ativista Cesare Battisti feito pelo governo da Itália, quando foi autorizado pelo senador para usarem o banheiro do Senado. Suplicy, assim como os manifestantes, está engajado no movimento contra a extradição do italiano.

Suplicy afirma, em ofício encaminhado à corregedoria, que, em respeito "à dignidade humana", abriu seu gabinete apenas para que as pessoas, entre as quais haveria várias senhoras idosas, utilizassem o banheiro. O senador petista argumentou que "cada senador é senhor do seu gabinete, podendo receber nele qualquer pessoa que seja do seu interesse".

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