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O delegado Romeu Tuma Júnior, licenciado da Polícia Civil de São Paulo, não deve retornar ao cargo de secretário nacional de Justiça quando terminarem suas férias, na segunda-feira. Desgastado com a denúncia de envolvimento com a máfia de contrabando de produtos eletrônicos comandada pelo chinês Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, preso em setembro pela Polícia Federal, Tuma Júnior teve seu destino selado ontem, em reunião de quase uma hora entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.

Gravações telefônicas e e-mails interceptados pela Polícia Federal durante a Operação Wei Jin, desencadeada no ano passado, revelaram ligações estreitas entre Paulo Li e o secretário. As interceptações da Polícia Federal mostraram o Tuma Júnior encomendando produtos eletrônicos ao contrabandista e acertando com ele providências para legalização de imigrantes chineses que chegam ao Brasil irregularmente em grande quantidade todos os anos.

A forma do afastamento de Tuma Jr. do governo, porém, ainda está sendo negociada com o próprio secretário. Temperamental, ele resiste à ideia de pedir demissão, porque no seu entendimento seria uma confissão de culpa.

'Bombeiros' do governo passaram a tarde tentando convencer o secretário e evitar o constrangimento de ser demitido por ato administrativo. Lula autorizou Barreto a negociar uma saída não traumática com Tuma Júnior, fiel à sua praxe de não punir antecipadamente auxiliares enredados em inquéritos, sem condenação judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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