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O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, anunciou que ainda nesta segunda-feira o departamento jurídico da entidade deverá ingressar na Justiça com pedidos de reintegração de posse para 13 fazendas invadidas neste carnaval pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), associado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) nas ocupações.

Segundo Nabhan Garcia, a CUT também será responsabilizada na Justiça pelas invasões para que pague os danos às fazendas invadidas, já que a central é uma entidade com endereço conhecido e legalmente constituída, ao contrário dos militantes do MST, que não têm uma entidade constituída legalmente.

O presidente da UDR espera que a Justiça conceda as reintegrações o mais rápido possível, para que os sem-terra deixem as fazendas ocupadas.

- A estratégia da CUT e do MST foi invadir fazendas num momento em que os fazendeiros foram viajar por causa do carnaval. Muitos proprietários ainda nem sabem das invasões. Os sem-terra dizem que as ocupações são pacíficas, mas não há violência maior do que alguém invadir sua propriedade, tomar sua casa, e todos ficarem impunes. O MST faz terrorismo com os proprietários na região - disse Nabhan.

Já o líder das ocupações, José Rainha Junior, anunciou que mais uma fazenda foi ocupada nesta segunda-feira na região de Andradina e outras poderão ser ocupadas até o final de semana na região do Pontal e Araçatuba.

- Estamos ocupando hoje 13 fazendas e poderemos chegar a 20 até o final de semana - disse Rainha.

Nesta tarde, os líderes das ocupações se reunirão no Pontal para decidirem os próximos passos da estratégia do movimento, que visa pressionar o governo estadual e federal a agilizar o processo de reforma agrária no Pontal e no país.

- Vamos pedir uma audiência ao governador José Serra. Ele já está no cargo há dois meses e até agora não abriu diálogo com os sem-terra. Na campanha, ele prometeu que agilizaria a reforma agrária no Pontal. Demos um voto de confiança a ele, mas agora está na hora da gente sentar e conversar. No governo Alckmin, o Incra destinou R$ 28 milhões para a reforma agrária em São Paulo e o governo estadual só gastou R$ 12 milhões. As fazendas que ocupamos são improdutivas e os seus proprietários já se mostraram interessados em negociá-las para a reforma agrária, mas os governos não se mexem. Nosso objetivo é fazer a reforma agrária andar - disse Rainha.

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