Beto Richa terá uma conversa definitiva com Gustavo Fruet (PSDB, foto) amanhã. O governador eleito vai perguntar se ele aceita ou não a pasta de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia. Se aceitar, Fruet estará no governo, segundo amigos de Beto, "com todo o apoio para fazer um bom trabalho". Se não aceitar, muito provavelmente estará fora do governo. A ideia de criar uma secretaria especial de Desenvolvimento Regional, destinada especificamente a acomodar o deputado, que ficará sem mandato a partir de fevereiro, ainda não foi totalmente descartada, mas é dada como pouco provável. O que Beto dá como certo é que quer uma resposta de Fruet ainda amanhã, já que pretende tomar posse no sábado já com todo o secretariado definido. São 21 cargos e apenas o de Fruet está pendente.
Aliás...
Beto teria dado garantias a Fruet de que o fato de ele assumir uma secretaria de Estado não exige nenhuma pré-condição. Ou seja: Fruet não precisa necessariamente desistir de seu projeto de se candidatar à prefeitura de Curitiba em 2012. O que não quer dizer que Beto o apoiará, já que Luciano Ducci, o atual prefeito também é aliado de Beto e tem direito à reeleição.
Hein?
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ter sérias dificuldades para entender o que fala a presidente eleita, Dilma Rousseff. Em entrevista ao programa Manhattan Connection, exibido domingo pelo canal de TV por assinatura GNT, FHC ironizou a presidente e disse não ter "imaginação suficiente" para adivinhar o que Dilma quer dizer quando começa algum raciocínio e não o conclui. "É uma dificuldade minha, você sabe que eu sou curto em inteligência. Às vezes eu não consigo, ela não termina o raciocínio e eu não tenho imaginação suficiente para saber o que ela iria dizer."
Ausências
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a presidente Argentina, Cristina Kirchner, anunciaram ontem que não virão ao Brasil para a posse de Dilma Rousseff, no sábado. Sem Sarkozy, apenas dois chefes de governo europeus estarão em Brasília no sábado: José Sócrates, de Portugal, e Boyco Borissov, da Bulgária. No total, 21 chefes de Estado e de governo estarão presentes à posse.
Saindo por cima
O presidente da Bolívia, Evo Morales, aproveitou uma cerimônia pública em seu país para agradecer ao presidente Lula o "apoio" que deu ao país vizinho durante os oito anos de governo. No ato público, Morales afirmou que as sugestões de Lula "sempre foram importantes para a Bolívia" e pediu aos presentes "um forte aplauso a este companheiro operário que já na próxima semana não será presidente". Já o governo argentino, por meio da agência oficial de notícias, tratou Lula como "o mandatário mais popular da História do Brasil" e destacou como legados do petista a luta contra a pobreza, a redistribuição de renda e a ampliação de programas sociais.
Na rampa
Cerca de 80 estudantes subiram a rampa do Palácio do Planalto para protestar contra o aumento salarial de mais de 60% concedido a deputados e senadores e que gerou efeito cascata em todo o país. Os manifestantes estavam na frente do Congresso, correram para o Planalto e pegaram os seguranças de surpresa. Um estudante tentou abrir a porta de vidro no topo da rampa e que dá acesso ao salão nobre do palácio, mas foi contido por um segurança. Os estudantes gritavam palavras de ordem como "Não sou otário, tirando do meu bolso para pagar o seu salário".
Pinga-fogo
"Seria bom para o Paraná eu adotar uma postura semelhante em relação ao governo do Beto Richa? Precisamos de mais trabalho e menos discurso."
Gleisi Hoffmann, senadora eleita pelo PT, rebatendo a declaração do colega Alvaro Dias (PSDB) de que fará oposição "intransigente" ao governo Dilma.
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