O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) está irritado com os deputados estaduais do partido Luiz Cláudio Romanelli, Alexandre Curi e Dobrandino da Silva, que estariam se comportando de forma errada ao desrespeitar a decisão do partido de lançar candidato próprio. Os três fazem parte do grupo que defende a aliança com o PSDB para apoiar a candidatura do prefeito de Curitiba, Beto Richa, ao governo do estado. Para Pessuti, Richa está no direito dele de buscar o apoio do PMDB, mas o problema está no próprio partido. "Qualquer ação isolada parece jogo de interesse pessoal do que qualquer outra coisa. As coligações têm de ser tratadas dentro da estrutura partidária. Cada um não pode fazer o que quer. Eles não estão respeitando o Código de Ética do PMDB", criticou. O vice declarou ainda que tem feito manifestações de descontentamento com os deputados "de viva voz em muitas entrevistas" porque eles precisam se pautar pela decisão da direção do partido em ter candidato próprio.
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Conversa afiada
O presidente nacional do PCdoB, José Renato Rabelo, esteve sexta-feira em Curitiba para lançar o livro Ideias e Rumos, que reúne textos, intervenções políticas e discursos de Rabelo ao longo de quase oito anos à frente do partido.
O que esperar do PCdoB nos próximos anos?
Nos últimos 30 anos houve um esforço muito grande do partido em se situar numa nova época, principalmente, a partir da década de 90, quando procuramos tirar lições das primeiras experiências do socialismo que definiu a identidade do PCdoB. Hoje o partido faz parte do governo Lula e projeta eleger em 2010, 25 deputados federais e três senadores.
Como o partido vai se posicionar na eleição para o governo do Paraná?
O partido ainda está em discussão sobre isso. Aqui no Paraná a situação está muito indefinida ainda. Mas nenhum dos pré-candidatos nos procurou. Hoje (ontem) tivemos com o Beto (Richa), mas não conversamos sobre eleição. Quanto ao Osmar Dias (PDT), não temos uma relação próxima, mas isso não impede um possível apoio.
E na eleição presidencial?
Estamos junto com o presidente Lula. Vamos apoiar a candidatura da Dilma (Rousseff), que é a candidata do Lula. Nosso lado já está definido: vamos com a Dilma.
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Explicações
O presidente da Cohab de Curitiba, Mounir Chaowiche, estará amanhã na Câmara Municipal para apresentar dados sobre as obras do PAC direcionadas à Habitação realizadas em Curitiba. Chaowiche irá usar todo o horário reservado à ordem do dia para explicar aos vereadores o andamento das obras.
ONU
O Observatório Social de Maringá, um programa de controle de gastos públicos sem vínculos partidários e organizado pela sociedade civil, foi recém-premiado pela Comissão Econômica Para América Latina e Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas parece não gozar do mesmo prestígio perante as autoridades municipais: é a primeira ONG da história da cidade que não conseguiu o título de entidade de utilidade pública concedido pela Câmara Municipal. A atitude dos vereadores foi considerada uma retaliação, pois alguns dias antes o órgão divulgou um relatório criticando o trabalho dos parlamentares. Em decorrência da repercussão negativa, a Câmara teve de recuar na decisão e aprovou o título na sessão seguinte.
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Não é bem assim
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, rebateu as conversas que circulam nos bastidores do PMDB local de que o Paraná não ganhou quase nada do governo federal, mesmo com a proximidade do ministro com o presidente Lula. Entre parte dos peemedebistas, é visível o sentimento de que a presença do PT no governo Requião já não agrada como antes. Em resposta a essa ala antipetista, Bernardo afirmou que não está em Brasília para que aliados ganhem alguma coisa em troca. Segundo ele, os peemedebistas deveriam expressar publicamente o que esperam ganhar, afinal "não sou ministro para o PMDB ou o PT ganhar nada lá no governo (federal)". Bernardo defendeu que esse tipo de conversa deve se dar de outra forma, como o debate ideológico proposto reiteradas vezes pelo governador Roberto Requião.
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Pinga-fogo
"Qualquer coisa que a gente faz eles dizem que é eleitoreiro. A oposição deveria inventar outra coisa. Toda hora é a mesma frase."
Do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ao comentar o posicionamento da oposição em relação ao governo federal. Segundo ele, a oposição tem todo o direito de criticar, mas "se o o governo estiver convencido de que é bom fazer, irá fazer" os seus projetos.
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