Um dia antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajar como candidato ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou nesta sexta-feira a expansão dos atuais R$ 400 milhões para R$ 1 bilhão o volume de financiamento da linha FAT-Giro Setorial e a ampliação dos setores beneficiados. Esse financiamento era destinado ao setor coureiro calçadista e agora também poderá ser utilizado pelo setor moveleiro, de máquinas, tratores e implementos agrícolas. A medida beneficia principalmente setores da indústria do Sul do país.
A ministra explicou que esse financiamento é uma linha de capital de giro com limite de R$ 5 milhões para cada operação e com juros de TJLP mais spread básico de 2,8% ao ano. Até hoje, segundo ela, foram contratados pelo setor calçadista R$ 161 milhões dos R$ 400 milhões que foram ofertados inicialmente, que serão agora acrescidos de mais R$ 600 milhões.
- Tudo o que o governo anunciou nos últimos dias é para beneficiar estados de todo o Brasil. O presidente é presidente e candidato, ele é as duas coisas. Esse anúncio ocorre na condição de Lula ser presidente, e não em função da questão eleitoral. Se fosse assim, durante seis meses não poderíamos governar. O fundamental é que esse financiamento é importante para esses setores - afirmou.
A ministra disse ainda que ela e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foram orientados a ir pessoalmente ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina anunciar a medida aos setores beneficiados.
- Estamos acatando a perseguição de que estes setores estavam sofrendo impactos por vários motivos, mas as últimas medidas, como a do pacote cambial e essa do crédito, melhorarão a situação deles - disse.
Dilma Rousseff disse ainda que esses setores deverão ter uma antecipação mais rápida de crédito a receber de PIS e Cofins. Segundo ela, esse tipo de financiamento foi lançado há um mês, mas as discussões estavam ocorrendo desde março.
A ministra disse ainda que o governo estuda outros tipos de financiamento, mas principalmente a criação de linhas estruturantes para beneficiar setores como o de infra-estrutura. Ela admitiu que uma das hipóteses em estudo é a utilização do FGTS para criação das linhas. Segundo Dilma Rousseff, quando forem anunciadas, essas linhas serão um marco na questão de disponibilização de crédito no país.
Dilma Rousseff anunciou ainda que no plano de investimentos de 2007 (PPI) serão incluídas obras do arco rodoviário do Rio de Janeiro e a BR-163.
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