Não tem jeito. Se o assunto for política, é quase inevitável que a maioria dos adolescentes repita alguns chavões básicos: "Esse país não tem mais solução", "tudo acaba em pizza" e por aí vai. Mas basta insistir um pouco no bate-papo para detectar que há sim muitos jovens dispostos a mudar de postura. Isso sem falar naqueles que já são engajados muitos deles não pensam, por exemplo, duas vezes antes de colecionar mil assinaturas para um belo abaixo-assinado e que se mostram, de fato, ligados no tema.
Mas antes de soltar o verbo, eles resistem. Fecham a cara e dão uma de desmotivados. Para o historiador, professor e um dos autores do livro A Ditadura no Brasil do golpe à abertura (Editora Saraiva), Wanderley Loconte, essa primeira resistência ao envolvimento com a política é supernatural, pois tudo é uma questão de contaminação social. "Quando se presencia casos de impunidades, corrupção e do constante mau uso da coisa pública, é natural se sentir desmotivado. Mas não pode haver uma desistência com relação ao país. O maior problema para o futuro do Brasil seria o desencanto das novas gerações. O jovem possui a maior ferramenta de todas para a mudança: o voto", explica o especialista.
Quem acha bonito dizer que não está nem aí para política, não está com nada. "Não ter um ponto de ônibus perto de casa, a falta de segurança na saída do colégio, requerer um semáforo em uma rua movimentada, tudo isso é política. É preciso pensar que menos de 10 mil eleitos decidem a vida de mais de 185 milhões de pessoas, incluindo você. Não tem como se manter afastado", diz o cientista político Másimo Della Justina, professor da PUCPR.
Luis Henrique Fuck Michel, 17 anos, está esperto sobre o seu papel na fase eleitoral e consciente da importância do seu envolvimento com a política. "Estou sempre lendo jornais, revistas e procuro assistir aos programas políticos. O voto foi algo que conquistamos e é uma oportunidade de expormos nossa opinião e para mudar o que está errado", afirma o garoto.
Concorda com o Luis e quer participar de outras discussões? Fácil. Basta acessar o Blog da Gazetinha: (http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/blog/blogdagazetinha/).
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