| Foto: Adriano Lima/Brazil Photo Press/Folhapres

Primeira prisão

José Dirceu de Oliveira e Silva nasceu em Passa Quatro (MG), em 1946. Ganhou notoriedade como líder estudantil, após ser preso pela ditadura militar durante congresso da União Nacional dos Estudantes, em 1968.

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Cuba

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Em 1969, esteve entre os 14 presos políticos deportados em troca da liberação do embaixador dos EUA Charles Burke Elbrick. Foi inicialmente para o México e depois para Cuba.

Paraná

Após submeter-se a cirurgias plásticas para se disfarçar e várias tentativas de viver clandestinamente no Brasil, se estabeleceu a partir de 1975 em Cruzeiro do Oeste (PR). Na cidade, casou-se e teve um filho, Zeca Dirceu, que hoje é deputado federal pelo PT.

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Fundação do PT

Em 1979, beneficiado pela Lei da Anistia, voltou à velha identidade e se mudou para São Paulo. Em 1980, tornou-se um dos fundadores do PT.

Deputado

Com a redemocratização, virou um dos principais quadros do partido. Foi eleito deputado estadual, em 1986, e deputado federal, em 1990, 1998 e 2002 (sempre por São Paulo). Foi um dos principais assessores de Lula nas campanhas presidenciais de 1989, 1994 e 1998 e coordenador-geral em 2002.

Casa Civil

Em janeiro de 2003, foi nomeado ministro da Casa Civil. Era apontado como “primeiro-ministro” da gestão Lula (foto à esquerda). Deixou o cargo em junho de 2005, para responder as denúncias de envolvimento com o mensalão. Seis meses depois, teve o mandato de deputado cassado.

Segunda prisão

Pela participação no mensalão, foi condenado pelo STF a 7 anos e 11 meses de prisão, em 2012. Encarcerado em 2013, passou 11 meses e 20 dias na cadeia e depois passou a cumprir pena em regime aberto. Ao ser preso pelo mensalão, Dirceu ficou marco pelo gesto de erguer o punho (foto).

Hotel Saint Peter

Durante a progressão da pena para o regime semiaberto, no final de 2013, pediu à Justiça para trabalhar em um famoso hotel de Brasília para ganhar R$ 20 mil mensais. O hotel era controlado por uma empresa panamenha, presidida por um auxiliar de escritório de uma firma de advocacia. Desistiu após a repercussão negativa.

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Habeas corpus

José Dirceu sabia que estava prestes a ser preso pela operação Lava Jato e, recentemente, vinha mostrando resignação. No dia 2 de julho, a defesa do ex-ministro impetrou um pedido de habeas corpus preventivo na Justiça, sem sucesso.

Terceira prisão

É preso nesta segunda-feira (3/8), durante a 17ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Pixuleco”. Para os investigadores, José Dirceu é um dos criadores do esquema de corrupção na Petrobras.