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São Paulo (AE) – Buscar os melhores presentes é a maneira de dar, em forma de carinho a quem amamos, o melhor de nós mesmos. Algumas pessoas têm desejos muito especiais nesse Natal, presentes de "pai para filho". Presentes proporcionam alegria dobrada: para quem ganha e para quem dá. Descobrir o melhor presente para a pessoa certa requer conhecimento, convivência e sensibilidade. A propaganda que nos cerca de todas as formas leva ao pensamento de que o Natal é apenas uma data para comprar mais. Adquirir presentes, lembranças, roupas novas, toda a sorte de objetos e aparelhos de necessidade e utilidade real quase sempre duvidosa. Mas não é apenas isso. Existem pessoas que gostariam de presentes bem especiais neste Natal, nem sempre materiais.

Para continuar preservando a vida nas comunidades carentes, a coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann, espera arrebanhar mais pessoas para o trabalho voluntário na entidade. Hoje são 262 mil voluntários que atendem 20% das crianças das 40.226 comunidades organizadas em 4.014 municípios de todos os Estados brasileiros. "Nossa meta é atingir metade das crianças num período de três anos e para isso vamos precisar de muito mais gente. A Pastoral não se faz com dinheiro, se faz com voluntários", completa. Outro bom presente, segundo Zilda, seria a compra dos cartões Solidariedade do HSBC que proverá recursos para a continuidade da capacitação das pessoas nos projetos da Pastoral.

O principal presente de Natal que Roberta Gentil Palma, coordenadora de Comunicação do Instituto Recicle, gostaria de ter é que as pessoas reciclem suas ações, pensamentos e padrões. "É urgente e necessário que cada pessoa fique consciente de seus atos perante o meio ambiente", sentencia. Segundo Roberta, a Terra tem mostrado toda sua força com seus fenômenos naturais como a tsunami na Ásia, no fim de 2004, e os furacões Katrina, Rita e Wilma que arrasaram cidades como New Orleans, nos Estados Unidos, e várias localidades na América Central, em 2005.

"Começar mudando um pouquinho de cada vez, internamente, e transferir de dentro para fora esse carinho e cuidado para todas as relações, seja consigo mesmo, com as outras pessoas e com o planeta e isso se refletirá na natureza", receita ela.

Ser feliz com os pequenos avanços é o que sugere o diretor clínico do Hospital do Câncer de São Paulo, Rubens Chojniak. Segundo ele, "a ciência vai devagar, passo a passo para encontrar melhorias para a vida das pessoas, trazendo mais qualidade de vida e conforto". O especialista diz que "a dedicação pessoal e a pesquisa, incluindo a formação de excelente qualidade dos profissionais é que fazem a diferença no tratamento do câncer". Para Chojniak, um bom presente seria que as pessoas compreendessem que o trabalho, na medicina, é mais humano do que de máquinas e não há descobertas enormes, mas pequenas melhorias diárias que fazem o sucesso de um tratamento ou trazem a cura de uma doença.

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