Um técnico em Furnas

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Para conter a crise em Furnas, a presidente Dilma Rousseff resolveu acelerar a nomeação do novo presidente da estatal do setor elétrico. Ela levará ao cargo Flávio Decat (foto à direita), técnico de sua confiança, mas que tem o apoio político da família Sarney e, também, do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). A crise tem como estopim as acusações de irregularidades na gestão de Furnas, área de influência do deputado peemedebista Eduardo Cunha. O pivô das denúncias classificou-as como "jogo sujo" de parte do PT para ganhar espaço na estatal. Na semana passada, o governo fechou um acordo para deixar a presidência de Furnas na cota do PMDB, mas avisou à sigla que não aceitaria indicações de Cunha. Homem de confiança de Dilma, Decat está hoje no setor privado, mas já foi diretor da estatal. Também estava cotado para a Eletrobras.

Aliás...

O vice-presidente Michel Temer admitiu que existe um clima de disputa em torno dos cargos entre PT e PMDB, mas disse que isso acabará. Segundo ele, a composição do segundo escalão começa agora e deve durar até o dia 25. PT e PMDB, na verdade, disputam o controle de estatais, que somam R$ 107,5 bilhões em investimentos para 2011. Ele disse que vai ajudar nas negociações e que não deve haver beligerância entre os dois partidos. Mas ele reconheceu que isso ocorre, principalmente em relação a Furnas. "Sou obrigado a dizer que a briga é política, mas logo começará a haver uma rearrumação de cargos e isso se soluciona."

Vereador Galdino

O Conselho de Ética da Câmara Municipal se reúne hoje à tarde para a sessão de julgamento dos três processos disciplinares abertos contra o vereador Professor Galdino (PSDB, foto ao lado), a partir de denúncias feitas por ex-funcionários de seu gabinete. Cada um dos processos tem uma relatora diferente: as vereadoras Dona Lurdes (PSB), Professora Josete (PT) e Julieta Reis (DEM). Dependendo dos pareceres, o vereador tucano pode sofrer sanção que vai desde uma advertência até a perda de mandato por quebra do decoro parlamentar.

Uma condenação a Battisti

A O Tribunal Regional Federal da 2.ª Região manteve a condenação do italiano Cesare Battisti por uso de passaporte falso, encon­­trado com ele quando foi preso no país em 2007. Pela sentença, a pena do é a prestação de serviços à comunidade e o pagamento de dez salá­­rios mínimos (R$ 5.400) a entidades de assistência social.

Salário mínimo

A presidente Dilma Rousseff (PT) deve indicar hoje, em discurso no Congresso, que o salário mínimo não deve passar de R$ 545, sob pena de gerar inflação e acabar prejudicando todos os brasileiros. Mas ficará a cargo dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República), Guido Mantega (Fazenda) e Carlos Lupi (Trabalho e Emprego) encararem a reação das centrais sindicais. Eles se reúnem sexta-feira de manhã com as lideranças de seis grupos – CUT, Força Sindical, CGTB, CTB, UGT e NCST.

Lula lá

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua participação no Fórum Social Mundial, que neste ano ocorre em Dacar, capital do Senegal. Segundo sua assessoria, Lula embarca no próximo domingo para a África, onde será a principal estrela das comemorações dos 10 anos do encontro, conhecido nos últimos anos por reunir movimentos antiglobalização. Na segunda-feira, ele vai falar sobre "a crise do sistema e das civilizações". Entre 20 mil e 60 mil pessoas estão sendo aguardadas na capital do Senegal.

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"Embora pequeno, esse grupo aqui representa melhor o povo brasileiro do que quem está lá dentro. A maioria da população está muito irritada com isso. Esses policiais deveriam prender é quem está lá dentro."

José Maria, presidente do PSTU, sobre a manifestação que reuniu cerca de 60 pessoas ontem em Brasília, contra o aumento de 62% aos parlamentares – eles passam a receber R$ 26,7 mil. O grupo também pediu que o porcentual fosse aplicado no reajuste do salário mínimo.