As autoridades do Rio de Janeiro retiraram, neste sábado, mais de uma tonelada de peixes mortos em duas praias da Baía de Guanabara. Fontes da empresa de limpeza urbana da cidade disseram que as causas da mortandade de peixe nas praias do Galeão e São Bento, próximas ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, ainda são desconhecidas.
As águas da Baía de Guanabara, que banham parte do litoral do Rio de Janeiro, sofrem, há anos, um processo de degradação. As autoridades vêm tentando reverter a situação, principalmente, porque as competições de vela dos Jogos Pan-Americanos, em julho, serão realizadas nas águas da Baía.
De acordo com o biólogo Gustavo Borges, que participa de um programa de despoluição da Baía, existe um conjunto de problemas que "vão desde lixo flutuante, o desmatamento e a ocupação irregular das costas ao despejo de esgoto e à poluição química".
Para combater estes males, quase estruturais, as autoridades retomaram esta semana um programa de despoluição da Baía, que tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e andou praticamente paralisado nos últimos meses.
O principal objetivo do programa, que também tem apoio do Banco Japonês de Cooperação Internacional, é a coleta de resíduos tóxicos e a instalação de estações para o tratamento do esgoto que é despejado na Baía.