A União da Agroindústria Canavieira de São Paulo, que concentra mais de 60% da produção de álcool do Brasil, considera a redução da alíquota de importação do produto a zero positiva em caso de eventual falta de combustível no mercado. No entanto, segundo o diretor da entidade, Antonio de Pádua, a medida será inócua em relação à redução de preços, conforme previa o governo.
- O mundo produz 40 bilhões de litros de álcool por ano, sendo que mais de 30 bilhões estão entre Brasil e Estados Unidos, cada um com cerca de 16 bilhões. O álcool produzido lá fora tem um custo de US$ 0,35 por litro. No Brasil, com o câmbio atual, nosso custo seria de US$ 0,28. Dificilmente, um produtor estrangeiro terá um preço competitivo com o nacional - compara.
Pádua, no entanto, lembra que a medida pode ajudar o país em um momento de aperto entre consumo e oferta. Segundo ele, os Estados Unidos, por exemplo, vêm oferecendo cerca de US$ 560 pela compra do metro cúbico de álcool brasileiro. O valor equivaleria a R$ 1,15 por litro, muito acima do preço acordado entre governo e produtores no início do ano, de R$ 1,05, que foi cumprido até a semana passada. Neste caso, os produtores nacionais optariam por exportar em detrimento do mercado interno.
O representante dos usineiros, no entanto, lembra que com a redução das tarifas de importação os produtores brasileiros terão espaço para fazer acordos bilaterais de compra e venda do combustível. Desta forma, seria possível negociar contratos que seriam adaptados em diferentes períodos de safra.
- O mercado fica mais livre e menos burocrático. E representa um primeiro passo para que o álcool de fato vire commodity.
A última grande crise do álcool no Brasil aconteceu entre 1985 e 1993. Na época, o Brasil chegou a importar quase 1 bilhão de litros por ano, diante da estagnação da produção e do aumento do consumo em função da venda de automóveis movidos a álcool. Uma das soluções encontradas no período foi a mistura de metanol com álcool e gasolina.
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