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O presidente da Urbs, Paulo Schmidt, ontem disse que a empresa busca ser transparente, mas reconheceu que poderia ser mais. E disse que as empresas de ônibus de Curitiba são, em parte, responsáveis por isso. Ele também admitiu que a Urbs não tem controle sobre todos os custos apresentados pelas empresas – custos estes que são usados para calcular a tarifa. A Urbs é a empresa da prefeitura que gerencia o sistema de transporte coletivo.

As declarações de Schmidt foram dadas ontem durante uma audiência convocada pela Câmara Municipal para discutir casos recentes de irregularidades na empresa, como o desvio de recursos internos da empresa por funcionários (fato denunciado pela Gazeta do Povo no último dia 13). Mas outros temas também foram abordados na audiência.

Vereadores da bancada de oposição na Câmara aproveitaram para questionar Schmidt sobre o fato de a Urbs ser considerada uma "caixa-preta" dentro da estrutura da prefeitura. De acordo com Schmidt, a Urbs passa por situações que prejudicam a transparência nas informações do sistema de transporte. Ele reclamou, por exemplo, da falta de apresentação de documentos por parte das empresas de ônibus.

Schmidt afirmou que a Urbs reembolsa as empresas com R$ 1,66 por litro de óleo diesel gasto no transporte coletivo. Mas, segundo ele, há empresas que compram o diesel por valores maiores que isso enquanto outras pagam menos. Segundo ele, as empresas não costumam apresentar evidências de quanto realmente pagam pelo litro de combustível.

"Não sabemos o valor justo. Somente uma empresa nos trouxe documentos que comprovam os custos reais do transporte. Uma coisa é a forma como a Urbs paga. Outra é como as empresas administram os seus sistemas de custos. Não há confronto de informações." Isso, em tese, pode representar que a Urbs tem pago mais do que realmente deveria às empresas e que a tarifa poderia ser menor. Ou o contrário.

Schmidt também foi questionado pelos vereadores a respeito de uma cobrança judicial no valor de R$ 32 milhões pelo não-pagamento, pela Urbs, de serviços prestados pelas empresas de ônibus em dezembro de 2004. O presidente da estatal disse entender que, como a cobrança se deve ao não-pagamento de serviços da rede integrada de transporte (ônibus metropolitanos), quem deveria responder pela dívida, ao menos em parte, é a Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), órgão do governo do estado.

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