A vacinação contra o rotavírus humano doença responsável por 35% das internações no Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba passará a ser obrigatória e gratuita no Brasil, a partir de dezembro. A medida, segundo a médica Heloísa Giamberardino em entrevista à Gazeta do Povo, coordenadora do Centro de Vacinas do Pequeno Príncipe, deve contribuir para uma significativa redução no número de casos da doença, caracterizada por diarréia e vômito, que, anualmente, resulta em 40 mil internações e provoca a morte de 4 mil crianças no país 5% do total de óbitos em menores de cinco anos. No mundo, de cada dez crianças que morrem por doenças diarréicas, duas foram infectadas pelo rotavírus.
A vacina, que deverá ser disponibilizada dentro do Programa Nacional de Imunizações, será aplicada em duas doses: a primeira aos dois meses de vida e a segunda aos quatro. Com isso, o Brasil passará a ser o primeiro país do mundo a incluir o rotavírus no calendário oficial de imunizações.
As doses da vacina, em gotas de 1 ml, devem ser aplicados em crianças com menos de 24 semanas. As restrições se aplicam apenas àquelas com quadros de imunodeficiência e doenças intestinais crônicas. "Existem nove sorotipos de rotavírus, classificados de G1 até G9. A vacina é composta pelo sorotipo G1, que confere proteção cruzada aos tipos G2, G3, G4 e G9, os mais comuns no Brasil", conta a Heloísa Giamberardino.
Descoberto em 1973, o rotavírus recebeu este nome por seu formato circular. Ao entrar no organismo humano, ele vai direto ao intestino, aumentando seus movimentos e produzindo uma maior quantidade de suco gástrico. Lá, multiplica-se e afeta a absorção de alimentos e líquidos, provocando diarréia, vômitos, febre e dor abdominal. Como consequência, vem a desidratação, leve ou grave.
A transmissão se dá via fecal-oral, ou seja, o vírus é eliminado nas fezes do infectado e transmitido por mãos e alimentos que não são lavados corretamente.
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