O coordenador da força-tarefa da Lava Jato na Policia Federal,delegado Igor Romário de Paula, negou nesta quinta-feira (23) que o incêndio na Superintendência de Curitiba tenha impedido o andamento dos trabalhos. “O bom marinheiro não se faz em águas calmas, ele se faz na tormenta. Vai ser preciso mais que um incêndio para parar a Lava Jato”, disse o delegado. Ele destacou o apoio da direção geral da corporação para o restabelecimento das atividades normais na sede paranaense da instituição.
O delegado Maurício Moscardi brincou com o nome da operação deflagrada nesta quinta, batizada de Blackout. “Mais uma vez a referência ao nome Blackout se encaixa nessa referência aos nomes e é até curioso que o nome foi dado à operação antes do fato ocorrido na Superintendência na madrugada de domingo para segunda-feira. Isso terminou encaixando perfeitamente na atual circunstância da Superintendência”, disse Moscardi. O fato a que ele se refere foi um princípio de incêndio, que comprometeu parte da rede elétrica do prédio.
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Leia a matéria completa“Foi bastante complexo operacionalizar a operação nesse prazo de quatro dias onde já havia um planejamento contando com a necessidade tecnológica, de telefonia e de outros sistemas da Polícia Federal. Tivemos então que reinventar todo um processo que já estava pré estipulado para poder conseguir deflagrar a operação nessa data”, contou o delegado.
O superintendente da PF em Curitiba, Rosalvo Ferreira Franco, disse que não há indicativos de que o incêndio tenha sido criminoso. A expectativa é que as atividades voltem ao normal na próxima semana.
Incêndio no subsolo
Um princípio de incêndio na madrugada da segunda-feira (20) atingiu uma sala no subsolo do prédio da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, no bairro Santa Cândida. Apesar de ter sido controlado rapidamente, o incêndio afetou parte dos trabalhos dos agentes. A emissão de passaportes, por exemplo, foi suspensa por tempo indeterminado. Em relação à Lava Jato, não houve prejuízo às investigações e nem aos custodiados. Não houve transferência de presos, e as visitas chegaram a ser canceladas, mas já voltaram ao normal.
Segundo Franco, 80% da parte elétrica do prédio já foi restabelecida e os serviços de protocolo, plantão e recebimento de ocorrências já funciona normalmente. A previsão do diretor de administração da direção-geral da PF, Omar Mussi, que acompanha a situação em Curitiba, é de que os serviços voltem ao normal na próxima semana.
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