Vaiado por um grupo de militantes antes de iniciar seu discurso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou no congresso promovido pela sua legenda nesta terça-feira (17) que o PMDB “não pode se calar” em troca de “meia dúzia de carguinhos” e que chegará o momento de a sigla decidir sobre o desembarque do governo Dilma Rousseff. “Nós não participamos, não formulamos e não temos compromisso com aquilo que está sendo colocado [pelo governo]”, disse Cunha.

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Ele afirmou que “ninguém tem dúvida de que o PMDB lançará candidato em 2018, mas que a legenda “não vai poder se furtar a debater no momento oportuno qual será o seu caminho”.

Cunha se notabilizou como um crítico do governo federal, mas ficou fragilizado após uma série de denúncias de envolvimento em casos de corrupção investigados na operação Lava Jato.

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Asim que ele subiu ao palanque do congresso do PMDB, uma militante gritou “fora Cunha” e, antes de seu discurso, houve uma vaia. Ele concluiu a fala sem outros incidentes.