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 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O Brasil atravessa uma de suas mais graves crises de sua história. A maioria do povo sente isso no bolso, no risco de ficar desempregado de uma hora para outra e no clima de insegurança que há muito tomou conta do País – situação agravada pela enxurrada de casos de corrupção e prisões efetuadas pela Policia Federal.

Para piorar o quadro, que é de horror, nos deparamos com uma situação triste: a presidente Dilma Rousseff corre o risco de sofrer um impeachment e Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, pode ser cassado sob acusação de ter se beneficiado de um esquema de propinas da Petrobras.

O pedido de impedimento para afastar a presidente a responsabiliza por ter liberado créditos suplementares de bilhões de reais, por decretos, sem autorização do Congresso. Não é contravenção, delito menor chamado de “pedaladas”, e sim crime de responsabilidade, previsto na Constituição Federal, capaz de afastá-la de suas funções.

Ônus e o bônus

Tadeu Veneri, deputado estadual (PT): “Historicamente, o PT sempre encontrou resistências entre o eleitorado do estado. Pelos seus erros e acertos”.

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O posto de presidente requer conduta responsável, digna, reta. No entanto, Dilma Rousseff é incapaz de gerir seu governo e recorre a subterfúgios ilegais para pagar a conta do gasto irresponsável. Isso vai custar caro ao povo brasileiro.

A discussão, entretanto, não tem viés partidário. Fui um dos primeiros a divulgar minha opinião sobre a necessidade da saída da chefe do Executivo e do presidente da Câmara. Agora tenho a grande responsabilidade de fazer parte do Conselho de Ética e espero entrar na Comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente.

Vejo que os poderes foram contaminados pelo que há de pior. É fundamental que Dilma e Cunha sejam afastados. Argumentos legais existem para isso. Os brasileiros, que estão insatisfeitos, conforme as pesquisas - sete em cada dez brasileiros desaprovam o governo Dilma - precisam ter um pouco de paz e certeza que mudanças ocorrerão – e elas precisam ser urgentes. O que nos estimula nessa batalha é acreditar que, respeitado o princípio do contraditório e da ampla defesa, sairá vitoriosa a democracia brasileira, ainda que o país precise passar pelo árduo caminho do impeachment.

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