O empresário Marcos Valério informou nesta quinta-feira, num depoimento extra na CPI do Mensalão, que emitiu 22 cheques, no valor total de R$ 15,5 milhões, para um "consultor financeiro" indicado por Zilmar Fernandes da Silveira (sócia do publicitário Duda Mendonça), de nome Jader, que repassou o dinheiro para a conta de Duda nas Bahamas. As cópias dos cheques, disse, foram entregues em CD para a comissão. Valério afirmou na CPI que a orientação para pagar o publicitário vinha do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Segundo ele, o dinheiro provinha de empréstimo feito junto ao Banco Rural.
Ao responder a pergunta do deputado Arnaldo faria de Sá (PTB-SP), Valério disse que aceita uma acareação com Duda.
- Só errei no meu primeiro depoimento - disse Valério, que afirmou ter dito, posteriormente, somente a verdade.
Valério avaliou que a versão de Duda Mendonça sobre a conta no exterior é mais um episódio entre outros que demonstra ser mais fácil colocar a culpa num publicitário de Belo Horizonte do que num famoso marqueteiro.
O empresário rebateu Duda Mendonça, que em depoimento na CPI dos Correios disse que Valério teria sugerido a ele a abertura de contas bancárias no exterior para facilitar o recebimento de aproximadamente R$ 10 milhões.
- Eu nunca orientei ninguém, nem o Duda Mendonça, que tem 61 anos e muito mais experiência que eu, a abrir conta no exterior - disse.
Após ouvir Valério CPI Mista do Mensalão, que ouviu o depoimento do empresário Marcos Valério. Na próxima terça-feira, a CPI ouve o ex-tesoureiro nacional do PL, Jacinto Lamas, e o tesoureiro do PTB, Edson Palmieri. Na quarta-feira, depõe na comissão o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares
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