Ao fazer sua apresentação no depoimento na CPI do Mensalão, o publicitário Marcos Valério declarou ser ex-empresário.
- A partir dos acontecimentos, as empresas praticamente deixaram de existir - disse.
O primeiro a fazer perguntas foi o relator da CPI, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG). Ele quis saber o que levou Valério a fazer empréstimos para atender o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-deputado José Genoino, uma vez que eles não tinham nem renda, nem patrimônio para vingar os compromissos. Valério explicou como foram feitos os empréstimos, que separou em duas categorias.
- Os empréstimos para o PT tiveram o meu aval, o aval de Genoino e de Delúbio e foi direto para o PT. Eles foram feitos no BMG e no Banco Rural, um no valor de R$ 2 milhões e outro no valor de R$ 3 milhões. Depois foi solicitado um empréstimo junto ao BMG com o meu aval e de meus sócios.
Segundo Valério, este dinheiro foi repassado integralmente ao PT ou a quem o Delúbio mandava. De acordo com o empresário, o valor dos empréstimos chegou a R$ 55.217.271,02.
Valério negou existir uma nota promissória e passou para a mesa o documento exigido pelos bancos, com aval de Delúbio e Genoino, na renovação dos empréstimos, Valério entregou também para a mesa os contratos originais com a relação dos empréstimos que, corrigidos, podem chegar a até R$ 100 milhões.
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