O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta segunda-feira (5) que não há motivo para conceder proteção especial ao empresário Marcos Valério de Souza, considerado o operador do mensalão, pois ainda não há risco iminente de atentados contra a integridade física dele. Gurgel disse que esse entendimento resulta da própria posição da defesa de Valério, manifestada em setembro passado, quando o advogado do empresário enviou um fax ao STF sobre tal fato.

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"A notícia que me chegou dele [Valério] foi no sentido de que não havia ainda nada que justificasse uma providência imediata", disse o procurador. "Agora, se ele viesse a fazer novas revelações, aí sim, esse risco poderia se consubstanciar." O procurador está em Aracaju participando do Encontro Nacional do Judiciário.

Gurgel afirmou ainda que Valério relatou ao Ministério Público (MP) que pode fazer novas revelações sobre o esquema do mensalão que colocarão sua vida em risco. Mas acrescentou que ele não será beneficiado por eventuais colaborações com a Justiça no processo do mensalão. Um benefício como redução de penas, só se aplicaria para os processos que estão em curso na Justiça de primeira instância.

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Valério prestou novo depoimento ao MP em setembro e fez referências ao ex-presidente Lula, ao ex-ministro Antonio Palocci e ao assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel.