A edição desta semana da revista 'Época', que começa a circular neste sábado, mostra documentos em que o publicitário Marcos Valério, acusado de ser o operador do mensalão, faz doações não declaradas a campanhas de parlamentares do PSDB e do PP. Um deles, o deputado tucano Custódio de Mattos, ex-líder do PSDB na Câmara, recebeu dois depósitos do publicitário, um de R$ 20 mil e outro de R$ 5 mil. O dinheiro saiu da conta do Banco Rural da SMP&B, agência de Marcos Valério, para a conta pessoal do deputado tucano no Banco do Brasil em 22 de outubro de 1998.
Outro deputado mineiro, Romel Anízio (PP), também foi beneficiado por Marcos Valério. Ele recebeu R$ 100 mil de outra conta da SMP&B, do BCN, em 28 de setembro de 1998. De acordo com a revista, Valério também ajudou deputados estaduais de Minas Gerais, como Gil Pereira, do PP, que teria recebido R$ 25 mil.
Em outro documento, 'Época' mostra que uma autorização bancária da SMP&B para a agência do Banco Rural na Assembléia Legislativa mineira no valor de R$ 95 mil beneficiava cinco pessoas. Uma delas, que recebeu R$ 10 mil, é Elma Barbosa de Araújo, irmã e tesoureira da campanha do deputado federal tucano Eduardo Barbosa.
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