Marcos Valério, réu do mensalão| Foto: Paulo Filgueiras/O Estado de Minas

Conversas telefônicas interceptadas por policiais revelaram que o publicitário Marcos Valério de Souza, réu no escândalo do mensalão, soube com antecedência que seria alvo de uma operação comandada pela Polícia Federal, com pedido de prisão e de apreensão de documentos na casa e nos escritórios dele. As informações são da prória Polícia Federal.

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Num dos diálogos captados na última quinta-feira, um dia antes da deflagração da Operação Avalanche, dois investigados falam sobre o dia de "amanhã" e a ordem de prisão. A PF vai investigar a origem desse vazamento. A princípio, três órgãos tiveram acesso aos dados sigilosos da investigação, que começou no fim do ano passado: a própria polícia, o Ministério Público Federal e a Justiça Federal em São Paulo. A apuração corre sob sigilo.

Para a PF, não há dúvidas de que Marcos Valério soube antes da expedição do mandado de prisão temporária (de cinco dias) contra ele. O publicitário "poderia ter empreendido fuga, não fosse a vigilância especial imposta por policiais federais", informou a polícia em nota.

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A Operação Avalanche, que apura três supostos núcleos criminosos independentes, prendeu 17 pessoas. Marcos Valério está relacionado ao núcleo "Espionagem". Ele teria encomendado um inquérito contra fiscais que multaram a Cervejaria Petrópolis. Todos estão presos. O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, afirmou que seu cliente não soube antes da operação.