O empresário Marcos Valério, suspeito de operar o mensalão, tem informações que podem complicar ainda mais a vida do deputado federal José Dirceu (PT-SP), ex-ministro da Casa Civil e acusado pelo também deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o chefe do esquema de corrupção no governo. Na edição desta segunda-feira, o jornal 'Correio Braziliense' revela que Valério tem dito que ajudou Dirceu, em 2003, a conseguir um empréstimo pessoal no banco Rural. E que ajudou Dirceu também a arrumar um emprego para a ex-mulher no banco BMG.
Segundo o jornal, as informações foram reunidas pelos advogados de Valério. O publicitário tem dito que pediu dois favores às instituições financeiras para ajudar Dirceu, logo após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro foi uma solicitação à direção do BMG para dar emprego a Ângela Saragosa, ex-mulher do ex-chefe da Casa Civil. Ela foi empregada na única agência do BMG na cidade de São Paulo (Alameda Santos, 2.335, perto da Avenida Paulista).
O segundo foi um pedido a José Augusto Dumont, ex-presidente do Banco Rural, morto num acidente de carro um ano depois, em abril de 2004. Valério conseguiu que o banco desse a Dirceu um empréstimo de R$ 200 mil a para compra de um apartamento para Ângela na região do Jardim Paulista, em São Paulo. O empréstimo teria sido efetivado, segundo conta o publicitário, na agência do Rural na Avenida Paulista.
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