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O empresário Marcus Valério está prestando depoimento na Superintendência da Polícia Federal, em Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira. Ele falou rapidamente com a imprensa e comentou o início do depoimento do ex-tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri, na CPI do Mensalão. De acordo com Valério, o depoimento está dentro do que se esperava. O empresário destacou que o ex-tesoureiro do PTB não teria coragem de ficar contra Roberto Jefferson.

- Ele morre de medo do Roberto. Você acha que ele iria contra o Roberto Jefferson? Palmieri não acrescentou nada. Ele simplesmente segue o mesmo caminho do Jefferson, disse.

Sobre a viagem que o ex-tesoureiro do PTB fez com Marcus Valério à Portugal, o empresário mineiro afirmou que o depoimento de Palmieri está reforçando o que ele vem dizendo.

- Ele não negou que foi a Portugal comigo. Ele disse que não participou de reunião lá porque esta reunião não existiu - explicou Valério.

O empresário presta depoimento na Polícia Federal de Belo Horizonte sobre dois assuntos: o primeiro é sobre o empréstimo que fez, em 1998, em nome da DNA Propaganda, dando como garantia as contas de publicidade que a SMPB tinha com o governo do estado. O empréstimo foi de R$ 8,35 milhões, que teria sido usado para financiamento paralelo da campanha pela reeleição do então governador Eduardo Azeredo. O empréstimo teria sido idealizado com a participação do vice-governador Clésio Andrade.Valério já declarou à CPI dos Correios que Azeredo sabia do empréstimo, mas o senador rebateu dizendo que não estava ciente, atribuindo total responsabilidade ao então tesoureiro de sua campanha, Claudio Mourão.

O outro inquérito é sobre crime contra o sistema financeiro, em 1996, envolvendo a SMPB e Clésio Andrade, atual vice-governador de Minas Gerais. A agência e o vice-governador teriam dado em pagamento, para uma dívida de R$ 1,8 milhão com o banco estatal Credireal, uma fazenda que valia cerca de 10% deste valor. A fazenda entrou no negócio com valor de R$ 2,4 milhões.

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