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Senadora Gleisi Hoffmann assumiu a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. | Antonio Cruz/Agência Brasil
Senadora Gleisi Hoffmann assumiu a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi eleita nesta terça-feira (8) presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Trata-se de uma das principais comissões da Casa, especialmente considerando a crise econômica na qual o país vive.

Como presidente, ela terá a função de colocar projetos que afetam a economia do país em pauta. Além disso, a CAE também é responsável por autorizar operações de crédito internacionais dos estados e municípios. O governo do Paraná pretende emprestar R$ 2 bilhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), operação que exige autorização do Senado.

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Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, a senadora declarou que a comissão deve ajudar no andamento da chamada Agenda Brasil, conjunto de projetos apresentados por senadores de diversos partidos para o enfrentamento da crise econômica.

Ela disse, ainda, que a aprovação de empréstimos para governos estaduais deve ter “celeridade” e que eles são importantes para a superação do cenário de crise econômica pela qual o Brasil passa.

Hoje vivemos um momento de crise econômica. Considerando isso, qual será a prioridade na CAE durante sua gestão?

Primeiro, vamos tentar ajudar nas pautas prioritárias que o Senado já elencou. O presidente Renan [Calheiros, PMDB] conversou com as bancadas e cada uma delas definiu um número de projetos que são importantes para dar resposta nesse momento. Também, vamos dar atenção aos projetos que o governo tem mandado para fazer frente à crise econômica. Nós vamos ter que nos concentrar, temos que ter foco nos projetos capazes de mudar a economia.

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Da pauta do Senado, há algum tema que dever ser destacado?

Nós apresentamos, enquanto bloco de partidos [PT e PDT], três pontos importantes nessa questão da economia: a tributação de lucros e dividendos, juros sobre capital próprio e imposto sobre veículos automotores de luxo, como iates, jatinhos, etc. Achamos que esses projetos são importantes para a arrecadação [do governo] e para o equilíbrio das contas públicas.

Na Câmara, o PT apresentou uma proposta de alterações no imposto de renda, modificando a cobrança por faixas de renda. Essa proposta tem eco no Senado?

Com certeza. Há inclusive projetos nesse sentido já tramitando no Senado, de fazer a “escadinha” no imposto de renda. Além disso, há a pauta dos estados e municípios, o Senado tem uma preocupação grande com as finanças dos entes federados. Estamos acompanhando de perto a discussão que o governo [federal] está fazendo com os estados, a questão das operações de créditos e de recursos que podem ser disponibilizados. Isso tudo passa pela CAE.

A senhora falou em operações de crédito. No passado, houve polêmica e troca de acusações entre a senhora e o governador Beto Richa (PSDB) sobre empréstimos ao governo do estado. Qual deve ser a posição da CAE quanto a liberação de empréstimos internacionais para governos estaduais?

Nós temos uma posição de dar celeridade a todos os projetos de operação de crédito, desde que estejam corretamente instruídos. Mas a maioria do que está chegando vem corretamente instruído. Então vamos fazer com a maior celeridade possível, até porque os estados também passam por dificuldades financeiras.

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