Uma entrevista do ministro da Justiça, Tarso Genro, ao jornal espanhol El País na quarta-feira provocou uma pequena crise no governo Lula. Segundo nota do ministério, Tarso teria usado a palavra handicap, com a conotação de vantagem, para responder como ele via a ministra Dilma Rousseff na corrida presidencial: "É uma boa candidata, tem boa capacidade de gestão, mas, sobretudo, tem a maior handicap (vantagem) que algum candidato à Presidência pode ter: o apoio do presidente Lula..." O repórter espanhol teria interpretado a palavra de origem inglesa como obstáculo, o que gerou a manchete "O grande obstáculo de Dilma Rousseff é o apoio de Lula".

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O ministro da Justiça solicitou a correção do equívoco por meio de carta enviada ao diretor do jornal El País, Javier Moreno.

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O procurador-geral de Curitiba, Ivan Bonilha, rebateu ontem a cobrança feita pelo petista André Passos, sobre a divulgação dos nomes dos funcionários que teriam desviado recursos da Secretaria Municipal de Saúde, publicada em Notas Políticas. Bonilha diz que Passos está convidado a ir à procuradoria e "satisfazer sua curiosidade sobre o conteúdo do procedimento de apuração sobre o desvio de recursos por dois servidores."

Picuinha 2

Bonilha alega também "que foi franqueado e dado conhecimento à imprensa o inteiro conteúdo do procedimento, com identificação dos servidores. A procuradoria, em atitude ética e preventiva, não divulgou o nome dos envolvidos para salvaguardar o patrimônio municipal de eventual responsabilidade civil."

Vocal

O presidente da Assembleia, Legislativa Nelson Justus (DEM), vai ter companhia como puxador da marcha da Banda de Guaratuba. O deputado estadual Ney Leprevost (PP) e o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) prometem prestigiar Justus. Leprevost diz que até ensaiou até o samba: "Quem cai a gente segura, quem não cai a gente derruba".

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Em vão

A grita dos deputados estaduais Antonio Anibelli (PMDB) e Edson Strapasson (PMDB) contra o aumento da alíquota do Imposto sobre Propriedade Automotor (IPVA) – de 1% para 2,5% – das caminhonetes com cabine dupla e caçamba não terá resultado prático.

Justo

O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli, já declarou que o governo não vai mudar nada no IPVA deste ano. "Temos o menor IPVA do Brasil. Quem quer ter caminhonetão tem de pagar mais mesmo", afirmou. O deputado disse ainda que o governo já arrecadou R$ 400 milhões em IPVA e metade já foi para os municípios. Não há como mudar os valores do imposto.

Indigestão

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Aliados próximos ao governador Roberto Requião (PMDB) garantem que ele ainda não assimilou a entrevista do presidente Lula (PT) à Gazeta do Povo citando Osmar Dias (PDT) como um dos preferidos para ser o candidato a governador do PT no Paraná. A costura estaria sendo articulada pelo ministro Paulo Bernardo, que está cada vez mais afastado de Requião.

Seleto grupo

O deputado federal Marcelo Almeida (PMDB) foi convidado pelo colega catarinense Fernando Coruja, líder do PPS na Câmara dos Deputados, para jantar no restaurante Piantella, em Brasília. Ao chegar ao local, Almeida teve uma surpresa ao dividir a mesa com o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), com o ex-presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) e com os deputados José Aníbal, líder do PSDB, Miro Teixeira (PDT-RJ), Armando Monteiro (PTB-PE) e Sílvio Costa (PMN/PE). O seleto grupo se encontra regularmente para jantar no mesmo endereço.

Convocação

O vereador Jonny Stica (PT) protocolou ontem um pedido na Câmara de Curitiba para que a Casa convoque o presidente da Urbs, Marcos Isfer, para dar esclarecimentos sobre o sistema de transporte público da capital. O pedido será votado após o carnaval. Para o vice-presidente da Câmara, o vereador Tito Zeglin (PDT), o pedido tem boas chances de ser aprovado.

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Pinga-fogo

O novo estilo do governador Requião não passou despercebido pela oposição. Ele está chamando prefeitos para cafés-da-manhã semanais, assinando convênios com prefeitos de oposição, concedendo entrevistas sem reclamar e evitando confrontos e polêmicas. A mudança brusca de comportamento teria finalidade eleitoral. Requião tenta emplacar seu nome numa campanha presidencial. Como as chances são remotas dentro do PMDB, prepara seu nome para disputar o Senado. "Nas vésperas da eleição o Canguiri vira o restaurante Madalosso. Depois fecha", definiu o deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB).